Serviços tem maior faturamento desde 2010, chegando a R$ 33,6 bilhões

Apesar do lento processo de recuperação pelo qual passa a economia brasileira, o setor de serviços paulista obteve alta no mês de maio com faturamento de R$ 33,6 bilhões, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010.

Em comparação ao mesmo período de 2018, houve crescimento de 15,5%, o que representa um montante superior de R$ 4,5 bilhões nas receitas do setor.

Nos últimos 12 meses, a elevação foi de 17,6%. No acumulado de 2019, o aumento foi de 21,2%, o que representa um montante de R$ 28,8 bilhões maior do que o obtido no período de janeiro a maio de 2018.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os segmentos de serviços bancários, financeiros e securitários impulsionaram a alta (57,7%) em maio em decorrência do aumento de arrecadação de ISS, após a CPI da sonegação fiscal tributária firmar acordo com as instituições.

Isso porque alguns bancos tinham sede em outros municípios, então, os impostos de operações como leasing, factoring e franchinsing, por exemplo, eram devidos à cidade de São Paulo, no entanto, pagava-se o tributo pelo município onde o escritório estava sediado – o que foi vantajoso para essas instituições à época, visto que essas cidades costumam diminuir os valores porcentuais do ISS para atrair grandes empresas.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborada pela FecomercioSP com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo.

A cidade tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando, aproximadamente, 20% da receita total gerada no país.

Das 13 atividades pesquisadas, dez apontaram expansão no faturamento real em relação a maio de 2018, sendo: serviços bancários, financeiros e securitários (57,5%); mercadologia e comunicação (17,3%); jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (14,5%); saúde (12,3%); turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (10,9%); educação (10,1%); Simples Nacional (5,6%); técnico-científico (5,1%); outros serviços (4,6%); e conservação, limpeza e reparação de bens móveis (1,8%). Somadas, contribuíram com 16,3 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.

No sentido contrário, as quedas ficaram por conta dos seguintes segmentos: representação (-30%); construção civil (-3,8%); e agenciamento, corretagem e intermediação (-1,3%). Essas três atividades contribuíram negativamente para 0,8 ponto porcentual no resultado geral.

Para a entidade, a expectativa é de continuidade de crescimento ao longo dos próximos meses. A federação sugere que o empresário siga acompanhando os indicadores econômicos (inflação, taxa de juros, câmbio, confiança do consumidor) para ajustes de planejamento; mantenha o controle do fluxo de caixa e evite endividamento.

A FecomercioSP recomenda ainda que futuros investimentos sejam aplicados em ações inovadoras do serviço ofertado para melhorar a qualidade do atendimento e, por consequência, a experiência do consumidor.

Por: Mercado & Consumo

By | 2019-08-18T20:00:22-03:00 10 agosto, 2019|Categories: Mercado|Tags: , , , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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