Pesquisa indica que televisores e smartphones serão os produtos com melhor desempenho em 2018

As vendas de Bens Duráveis vinham apresentando retração desde 2015, mas a partir do 3º tri de 2016 começaram a apresentar números positivos. É o que mostra o estudo da GfK. Em 2017, a cesta de bens duráveis cresceu 11% em valor, especialmente puxada por Informática (+17%) e Eletrônicos (+14%).

A categoria de Telefonia foi a que mais cresceu em importância na cesta, saltou de 34% em 2014 para 43% em 2017, ou seja, é a que tem maior participação. Em 2017, Telefonia cresceu 10% em faturamento. Dentro dessa categoria, Smartphones subiu 11% em 2017. Assim, este tipo de aparelho responde por 95% de participação na classe.

Em matéria de tecnologia, 4G tinha uma participação de 82% na categoria. Em 2017 passou a responder por 93% de participação. Os smartphones com preços inferiores a R$ 1.000,00 representavam 48% em 2016 e em 2017 passaram a representar 54%.

O ano dos televisores

Na opinião de Gisela Pougy, diretora da GfK, os televisores também prometem ter um desempenho bem acima do normal. “A GfK estima que tenham um crescimento de 22% em 2018, impulsionados pela Copa, pelo apagão analógico, que ainda ocorrerá nas últimas regiões e pela recuperação da economia/renda” afirma Gisela. Em 2017, foram comercializados 10,4 milhões de unidades de televisores. A categoria cresceu 21% em 2017 em relação a 2016, puxada pelas TVs 4K que cresceram 69%.

As TVs de 32’ ou menos, tinham uma participação de 33% na cesta de TV em 2016, mas, em 2017 passaram a ter 35%, motivadas pelo apagão analógico.

Dentro deste crescimento estimado de 22% para TVs, a Copa do Mundo sozinha deverá representar um aumento de 8%. Neste caso, por conta da Copa há uma tendência de se vendar mais TVs com telas maiores e mais definição/tecnologia. Em 2017, as vendas de televisores 4k, ou Ultra HD, representaram pouco mais de 10% do volume de vendas. Já no início de 2018 (Janeiro), estes produtos já somam 15% das vendas em unidades.

Por outro lado, Informática também teve um ótimo desempenho em 2017. Cresceu 17% em faturamento em relação a 2016. Nesta categoria, Notebooks tem uma importância de 67% e os computadores 2 em 1 cresceram 60% em faturamento, ajudando o bom desempenho da categoria.

Já Linha Branca, cresceu 9% em faturamento em 2017 em relação a 2016. Lavadoras cresceram 11% e Refrigerador cresceu 8%. Sua participação na categoria, que era de 36% em 2016, caiu um ponto, foi para 35%.

No ano passado, os Portáteis cresceram 13% em faturamento sobre 2016, impulsionados por fritadeiras em geral e aspiradores de pó.

Sazonalidade

A classe Bens Duráveis também está sujeita às sazonalidades. Em 2014, o maior pico de vendas da cesta de bens duráveis foi o Dia das Mães. Em 2015, o pico foi o Natal, porém, a partir de 2016, a Black Friday tomou esta liderança e não perdeu mais. Em 2016, o mês de novembro cresceu 21% em relação ao mesmo mês de 2015. Em 2017, novembro cresceu 11% na comparação com o mesmo período de 2016.

A pesquisa perguntou quais os motivos para os consumidores comprarem na Black Friday, 58% responderam que compram o que precisam para pagar menos, 21% responderam que compram na BF para antecipar as compras de Natal e 20% disseram que compram para pagar menos, não necessariamente o que precisam, apenas para economizar.

Por: Mercado & Consumo

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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