E-commerce deve faturar R$ 53,5 bilhões em 2018

Projeção de alta de 12% do relatório Webshoppers, da Ebit, leva em conta o aumento de volume de pedidos e do tíquete médio.

Diversificação de produtos, aumento de receita com melhoria de margens de lucro e crescimento de vendas em mercados de nicho permearam o ano de 2017 do ambiente virtual brasileiro. Porém, mesmo em um cenário de consolidação, o segmento enfrentou desafios operacionais como a perda de qualidade no serviço de entrega e pós-venda e o alto custo de gestão.

Segundo a 37ª edição do relatório Webshoppers, realizado pela Ebit desde 2001, no último ano, o mercado de comércio eletrônico contou com um aumento de 8%, somando um faturamento de R$ 47,7 bilhões, e deverá continuar apresentando um crescimento acelerado de 12%, com faturamento de R$ 53,5 bilhões. Esses números, de acordo com o estudo, são impulsionados pelo aumento de pedidos. No primeiro semestre de 2016, o universo online registrou pela primeira vez uma queda de 1,8% em vendas. Mas, lado a lado com a melhora da economia brasileira, o comércio eletrônico voltou a exibir crescimento, registrando 3,9% de aumento do volume de pedidos. O Ebit coletou mais de 30 milhões de pesquisas, realizadas com os consumidores, em mais de 25 mil lojas virtuais conveniadas.

Em 2017, mais de 55 milhões de consumidores fizeram pelo menos uma compra virtual, um aumento de 15% em comparação com 2016. “Esse número deverá continuar crescendo, estimulado pela expansão das compras via smartphones”, diz André Dias, diretor-executivo da Ebit. Além disso, as mulheres realizaram 1,4 milhão de pedidos a mais que homens; a idade média de compradores brasileiros esteve um ano abaixo em relação com o ano retrasado, ficando em 42 anos, devido à entrada de consumidores mais novos; a renda média dos shoppers cresceu 27,5% em comparação com 2016; e as regiões Sul (16,1%) e Nordeste (10,9%) ganharam participação nas vendas do comércio eletrônico.

O relatório constata, ainda, que, no ano passado, a cobrança pelo frete de vendas do e-commerce deixou de ser uma tendência no setor. A gratuidade passou a ser adotada por lojas que queriam aumentar a taxa de conversão e ganhar participação de mercado ou por lojas de nichos como moda, acessórios e cosméticos e perfumaria. O ano passado foi marcado pelas compras à vista (49,8%) ou em até três parcelas (18,7%). “Além da preocupação com o endividamento, o consumidor também respondeu aos estímulos feitos pelos lojistas, que muitas vezes oferecem descontos melhores para o pagamento em parcela única”, explica André Dias.

Este gráfico leva em conta o mercado total de bens de consumo, incluindo sites de artesanato e sites de vendas de produtos novos e usados.

Crescimento acelerado

De acordo com o Webshoppers, a Copa do Mundo e a eleição presidencial podem impactar o mercado de e-commerce. O primeira evento pode aumentar as vendas de certos produtos como televisores, bebidas e artigos esportivos, e o segundo pode gerar resultados negativos para a economia e o consumo no Brasil. O volume de pedidos no comércio eletrônico deve ser 7,7% maior neste ano, atingindo 119,7 milhões de pedido e o tíquete médio também deve crescer, saindo dos R$ 428 de 2017 para os R$ 446.

Por: Meio & Mensagem

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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