Base móvel brasileira volta a cair

Após ter ficado relativamente estável no mês anterior, a base móvel brasileira voltou a cair em junho, especialmente com a redução na base 3G, a maior desde dezembro do ano passado. Segundo dados divulgados pela Anatel nesta segunda-feira, 5, a variação negativa da base em geral foi em linha com meses recentes, com redução de 0,11% (250,2 mil desconexões), e total de 228,390 milhões de acessos.

O 3G desligou 2,491 milhões de linhas em junho, uma redução de 5,72%, e agora soma 41,091 milhões de conexões. Foi a maior queda desde o final do ano passado: em novembro, foram 4,622 milhões de desligamentos, e em dezembro, mais 4,230 milhões de desconexões. Vale lembrar que o final do ano é quando operadoras normalmente costumam fazer a limpeza de suas bases. Como a migração da tecnologia para o LTE tem sido ainda mais interessante para as operadoras, que começam a realizar mais refarming na faixa de 2,1 GHz para uso no 4G, é possível que no final de 2019 haja novo recorde de desligamentos.

Quem mais perdeu no WCDMA foi a Claro, com mais de 1 milhão de desligamentos (queda de 7,10%), mas ainda se mantendo na liderança, com 13,639 milhões de linhas. A TIM também mostrou queda significativa no mês: de 735,9 mil, ou 7,74% de desconexões, e total de 8,772 milhões de acessos.

A única tecnologia para o consumidor final que ainda cresce é o LTE, que adicionou 1,953 milhão de conexões em junho, um avanço de 1,39%. Hoje, o 4G representa 62% dos chips ativos no mercado brasileiro.

Novamente, a Claro se destaca com o maior número de adições líquidas: 969,3 mil, um avanço de 2,94%, aumentando 0,36 ponto percentual sua participação de mercado (para 23,91%, total de 33,979 milhões de chips). A Vivo é a líder, com 31,40%, e total de 44,615 milhões de acessos, após aumento de 1,41% no mês. A TIM, segunda colocada, acabou por ter o menor crescimento entre as quatro grandes: de 0,26% (95,5 mil adições), total de 36,333 milhões de linhas. A Oi cresceu 1,07% e encerrou o semestre com 23,498 milhões de acessos.

O 2G desconectou significativamente menos em junho: 101,9 mil desconexões, total de 20,751 milhões de acessos. Por sua vez, as conexões M2M voltaram a mostrar aumento nos dois tipos: no Padrão, avanço de 2,80% (total de 13,457 milhões de contratos); e no Especial, acréscimo de 0,87% (total de 8,750 milhões).

Pré e Pós

Enquanto isso, o mix do mercado em geral continuou a melhorar, contando agora com 104,521 milhões de linhas pós-pagas (45,76% de market share), um aumento de 0,85%. O pré-pago, por sua vez, caiu 0,90% e ficou em 123,868 milhões de linhas (54,24%). Caso continue a evoluir desta forma, a previsão de que o pós passe a ser metade do mercado total brasileiro segue mantida para outubro de 2020.

Quem mais adicionou acessos pós-pagos foi a Vivo (com 235,5 mil adições), mantendo a liderança isolada no mix. Por outro lado, a TIM foi a que mais desconectou pré-pagos: 407,8 mil linhas a menos. Confira no gráfico abaixo o mix das quatro grandes teles.

Vale notar a evolução da Claro na combinação com a Nextel. Se a transação já estivesse finalizada em junho, as duas operações juntas teriam melhorado 0,5 p.p. no mix, totalizando agora 48% da base com pós-pago. Além disso, a operadora do grupo América Móvil recentemente mostrou melhora na receita do pré, mesmo com a redução na base.

Por: Mobile Time

By | 2019-08-20T22:49:06-03:00 07 agosto, 2019|Categories: Mercado|Tags: , , , , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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